Uniões consensuais crescem e superam casamentos formais em Embu das Artes, aponta Censo 2022
Os dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram uma mudança importante no comportamento conjugal da população de Embu das Artes. O Censo 2022 revelou que a união consensual, quando o casal vive junto sem registro civil ou religioso, se tornou o tipo de relação mais comum na cidade — um reflexo das transformações culturais e sociais que também ocorrem em todo o país.
De acordo com o levantamento, 43,4% dos moradores de Embu das Artes vivem em união consensual. Já os casamentos civis e religiosos representam 33,5%, enquanto 22,1% estão unidos apenas no civil e 1,0% apenas no religioso.
Os dados revelam uma mudança expressiva em relação ao Censo de 2010, quando as uniões civis e religiosas somavam 39,1% e as consensuais 38,2%. Em pouco mais de uma década, o número de casais que optaram por viver juntos sem oficializar a relação aumentou, acompanhando uma tendência nacional.
Segundo o IBGE, esse comportamento está associado a mudanças culturais e econômicas, com casais que priorizam a convivência e a estabilidade emocional antes da formalização no cartório ou na igreja. “O que observamos é uma diversificação dos arranjos familiares e uma maior aceitação social das uniões consensuais, que se consolidaram como um modelo de relação legítimo e estável”, afirmou o instituto.
O levantamento nacional mostra que 51,3% da população brasileira vive em união conjugal — sendo 38,9% em união consensual, 37,9% casados no civil e religioso, 20,8% apenas no civil e 2,6% apenas no religioso.
Embu das Artes segue essa mesma tendência, mas com uma proporção ainda maior de uniões consensuais que a média nacional, reforçando a característica diversa e dinâmica de sua população. A cidade, que cresce em ritmo acelerado e abriga uma ampla mistura cultural, reflete um novo retrato da família brasileira: menos formal, mais plural e baseada na convivência e no afeto.