TRT faz nova audiência nesta quarta, garis estão em greve há 16 dias
Nesta quarta-feira, dia 8, às 14h30, acontece mais uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre o Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio em Conservação e Limpeza Urbana) de Taboão, Cotia e região; e o Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo). Os trabalhadores da coleta de lixo e varrição de Taboão da Serra entram no 16º dia de paralisação.
A categoria exige reajuste de 11,73% sobre os salários e benefícios, de acordo com o Siemaco, o juiz sugeriu um aumento de 9,5%, abaixo do que categoria exige, mesmo assim a Cavo Serviços e Saneamento S/A, companhia responsável pelos serviços de limpeza no município, não aceitou e fez uma contraproposta de 8,5%, índice rejeitado pelos trabalhadores.
“9,83% não nos satisfaz integralmente, mas tendo em vista a intransigência do patronal pensamos em aceitar, perderíamos 2%, mas os patrões também. Se os funcionários aceitassem daqui três meses voltaríamos a conversar. Como houve divergência a greve vai para o tribunal julgar a legalidade”, disse Donizete França, presidente do Siemaco.
Acusada por muitos munícipes de ser a “culpada” pela greve, a Prefeitura de Taboão da Serra, informou em nota, que “não pode intervir nas relações e negociações entre a empresa, sindicato e os trabalhadores de coleta de lixo e varrição de ruas” e que desde o “primeiro dia de paralisação, o Departamento de Contratos da Prefeitura foi acionado para que as medidas cabíveis fossem aplicadas” e que a Cavo já foi notificada e poderá ser “responsabilizada e penalizada conforme a legislação”, por não cumprir o contrato.
Ainda de acordo com a Prefeitura, assim que a greve chegar ao fim, a estimativa é que “a situação seja normalizada em até nove dias” Enquanto a paralisação não termina, a Prefeitura segue com o plano emergencial, que já retirou mais de 650 toneladas de lixo da cidade'.
"A cidade está nojenta, cheia de lixo e cheirando mau. Alguém precisa fazer alguma coisa, esse plano emergencial não funciona. Queremos nossa cidade limpa", comenta Cássia Francielli Santos, moradora do Jd. Trianon. "Estamos evitando colocar o lixo na calçada, mas nosso quintal está imundo, não dá mais, esse caminhão da Prefeitura não chega aqui, precisamos de ajuda, urgente", disse Eduarda Gomes, moradora do Jd. Panorama.