Taboão da Serra é um dos alvos de ação da Polícia que desmantela esquema milionário de golpes virtuais
Ação da Polícia Civil do Distrito Federal prendeu integrantes de facção criminosa acusada de estelionato e lavagem de dinheiro com uso de sites falsos
Taboão da Serra esteve entre as cidades alvo da terceira fase da Operação Sem Reservas, deflagrada nesta terça-feira, dia 16, pela Polícia Civil do Distrito Federal. A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em estelionato virtual e lavagem de dinheiro, que utilizava sites e perfis falsos de pousadas para aplicar golpes em todo o país.
A operação foi conduzida pela 18ª Delegacia de Polícia de Brazlândia, com cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca domiciliar em Taboão da Serra, além de Goiânia (GO) e Belém (PA), com apoio das polícias civis locais. Ao todo, seis pessoas foram presas nesta fase da investigação.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo atuava de forma estruturada, com divisão clara de funções. Os criminosos clonavam sites e perfis legítimos de pousadas, principalmente da cidade de Pirenópolis (GO), induzindo as vítimas a realizarem pagamentos por hospedagens inexistentes. Os valores obtidos eram repassados a contas de terceiros e submetidos a um complexo esquema de lavagem de dinheiro.
Nesta etapa da operação, os investigadores identificaram e prenderam os chamados “tripeiros”, integrantes de uma facção criminosa responsáveis por alugar contas bancárias de terceiros e lavar os recursos obtidos com os golpes, inclusive por meio de casas de câmbio no Paraguai e da movimentação em criptoativos.
As apurações indicam que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 13 milhões nos últimos dois anos, com um faturamento diário estimado em R$ 20 mil. Segundo a investigação, metade do valor ficava com os responsáveis pela administração dos sites fraudulentos, enquanto o restante era dividido entre os operadores financeiros e os titulares das contas utilizadas no esquema.
Além das prisões, a Justiça do Distrito Federal determinou o bloqueio e a liquidação de criptoativos vinculados aos investigados. Com esta fase da Operação Sem Reservas, já são 17 pessoas presas por envolvimento nos golpes. As investigações também identificaram ao menos 83 vítimas apenas no Distrito Federal.
Informações PCDF