Ong Patre participa de protesto em São Paulo contra exportação de animais vivos por via marítima

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Voluntários da Ong Patre de Taboão da Serra se reuniram com ativistas de todo Brasil, num movimento contra a exportação de animais vivos por via marítima. A manifestação aconteceu ontem, dia 15, às 13h na Avenida Paulista, o protesto envolveu 25 cidades e 14 estados brasileiros que simultaneamente deram voz a essa pauta da causa animal.
Cynthia Gonçalves, idealizadora da Patre, esclareceu a motivação do protesto “A causa animal não se resume apenas a cães e gatos, outras vidas também precisam de nossa voz. Por este motivo a partir de 2025 vamos ampliar nossas participações em movimentos tão importantes quanto esse”, disse.
Cynthia explica que “os navios chegam a carregar 30 mil animais que são submetidos a viagens de até 30 dias em alto-mar. Imaginem essa quantidade de animais aglomerados durante tanto tempo sem condições adequadas? Inadmissível! Para gerar pressão popular pela aprovação de projetos de lei que proíbem o tráfico de cargas vivas pautamos assuntos importantes no dia de ontem, focados nos maus-tratos contra os animais transportados e também sobre os riscos sanitários e ambientais desse tipo de operação”.
Ela ainda destacou que “existem processos judiciais tramitando em busca da proibição da exportação por via marítima de bovinos, equinos, caprinos, que saem vivos de diversos portos do Brasil na maior parte das vezes com destino à Europa e Oriente médio. Países como a Alemanha, Reino Unido, Índia e Nova Zelândia já aboliram esse tipo de comércio”.
Segundo a estudante de medicina veterinária e também idealizadora da Patre, Sheila de Oliveira, “Os animais são embarcados em navios superlotados e por semanas sofrem com calor extremo, em meio a fezes e urina, sem condições sanitárias adequadas sequer para alimentação e hidratação. A aglomeração, estresse e medo facilitam as brigas, os movimentos bruscos podem causar lesões ou prostração durante o percurso. Muitos animais chegam mortos em seus destinos”, comentou Sheila.
“O risco sanitário e ambientais também são alertas importantes, sendo que relatórios apontaram que cerca de 13% dos animais embarcados na época da pandemia, testam positivo para algum tipo de coronavírus, o que obviamente aumentou o risco de surtos epidêmicos”, concluiu a estudante de medicina veterinária.
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