28 de abril de 2009
Movimento pró-ampliação do HGP já recolheu mais de oito mil assinaturas
O movimento pró-ampliação do Hospital Geral do Pirajuçara (HGP) realizou neste sábado, dia 25, uma reunião para contabilizar a primeira parcial do abaixo-assinado que circula pela cidade. A adesão já chegou, segundo a organização, a mais de oito mil assinaturas. Durante o encontro foi feita uma retrospectiva do primeiro movimento que lutou pela construção do hospital, no final da década de 80.
Cerca de 70 pessoas prestigiaram o evento que aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos, na Vila Iase. Enquanto um grupo contava as assinaturas recolhidas nas primeiras folhas recebidas das equipes que percorrem a cidade, um vídeo sobre a história do SUS era exibida no telão para as pessoas que apóiam o movimento.
Foto: Eduardo Toledo
Reunião aconteceu no sindicato dos metalurgicos, na Vila Iase
A vice-prefeita Professora Márcia, uma das organizadoras do encontro, comparou o movimento a um formigueiro. “Está começando pequenininho e quando forem ver, com todos ajudando, vai estar um formigueiro enorme”, disse. Segundo ela, o movimento está espalhando cinco mil folhas para recolher a assinatura dos moradores em prol da ampliação do HGP.
O movimento também pede, além da ampliação no atendimento para moradores de Taboão e Embu, que a sociedade civil participe da administração do HGP, que o Pronto Socorro funcione de portas abertas para a população e que o modelo de gestão seja o do SUS. Hoje quem administra o Hospital é a Escola Paulista de Medicina.
O advogado e ex-secretário de Assuntos Jurídicos da prefeitura de Taboão da Serra, Dr. Antônio Rodrigues, existe um projeto de lei que foi aprovado pela Assembléia Legislativa que cria 16 conselhos gestores que participariam das gestões dos hospitais estaduais de todo o Estado. “O governador José Serra entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade e por isso a lei está sendo discutida no STF”, lamentou.
Histórico
O movimento pró-ampliação do HGP reuniu diversas lideranças que lutaram pela construção do Hospital no final da década de 80. Diversas pessoas usaram a palavra para lembrar como foi o processo que culminou, enfim, na inauguração do HGP.
Dr. Armênio Marques lembrou que na época a região tinha cerca de 500 mil moradores e nenhum leito hospitalar. “Era um problema imenso”, disse. Segundo o advogado, na época as prefeituras montaram um consórcio para a compra do terreno que foi mais tarde repassada para o governo do Estado. “O Governador Franco Montoro começou a construção, mas Quércia e Fleury pararam as obras”.
O HGP foi durante quase 10 anos um esqueleto inacabado no meio do Pirajuçara. As obras só voltaram após o governador Mário Covas assumir o governo estadual. “O movimento ia fazer uma marcha até o Palácio do Governo, mas o governador ligou um dia antes dizendo que o protesto não era necessário, pois ele iria reiniciar as obras”, afirmou Marques.
Participaram o encontro, além da vice-prefeita Márcia, o vereador Cido da Ya Farma, diversas lideranças políticas como o advogado Armênio Marques, o ex-secretário de Assuntos Jurídicos, Dr. Antônio Rodrigues, o presidente do TaboãoPrev, Baltazar, a coordenadora dos direitos da mulher, Dra. Maria Amélia, o ex-vereador do Embu, Manoel Raimundo e Gilberto, do sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.