Morador de Taboão da Serra é identificado como autor de ataques a ônibus na Grande São Paulo e Capital

• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa cidade
A Polícia Civil de São Paulo identificou Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, como autor de ao menos 18 ataques a ônibus em cidades da Grande São Paulo e na Capital. Morador de Taboão da Serra, Campolongo é servidor público e atua como motorista na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) há mais de 30 anos. Nos últimos 12 meses, estava lotado no gabinete da presidência da companhia.
Campolongo foi detido na última terça-feira, dia 22, e confessou envolvimento nos ataques ocorridos em São Bernardo do Campo, São Paulo e Santo André. Segundo a polícia, ele afirmou que cometeu os atos com a intenção de “consertar o Brasil”, mas admitiu que “errou” e que suas ações “não fazem sentido”. O delegado seccional Domingos Paulo Neto, responsável pela investigação, disse que o servidor demonstrou arrependimento durante o interrogatório.
A investigação chegou até Campolongo após a identificação de um veículo oficial do governo — um Volkswagen Virtus branco — utilizado em diversos ataques. O carro estava vinculado ao gabinete do qual ele era motorista. O trajeto frequente entre São Bernardo do Campo e a capital paulista coincidiu com os locais dos crimes.
Durante as buscas, foram apreendidos estilingues, bolas de aço e outros objetos utilizados nos ataques. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito lança um coquetel molotov contra um coletivo. A jaqueta usada por ele nas gravações também foi considerada um dos elementos que ajudaram na sua identificação.
Edson Campolongo também é ativo nas redes sociais, onde publica críticas frequentes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. De acordo com a polícia, ele não agiu sozinho. Seu irmão, Sergio Aparecido Campolongo, de 56 anos, teria participado de ao menos dois ataques. Sergio está foragido e teve a prisão preventiva decretada, assim como Edson, que já está detido. Com sua prisão, sobe para 15 o número de pessoas presas por envolvimento nos atos de vandalismo.
Campolongo poderá responder por dano qualificado e atentado contra o serviço de utilidade pública. As autoridades destacam que, ao contrário de outros envolvidos que cometeram atos isolados, o servidor teria se organizado para realizar uma série de ações criminosas de forma sistemática. As investigações seguem em andamento.
Outros ataques
Houve registros de ônibus apedrejados em municípios de Taboão da Serra, Cotia, Embu das Artes, Osasco, além de cidades do ABC Paulista, como Santo André e São Bernardo do Campo e no Litoral.
As ações, que incluem arremessos de pedras e outros objetos, provocaram danos como janelas quebradas e obrigaram empresas a retirar veículos de circulação para manutenção.