Itapecerica, Embu das Artes e Juquitiba estão entre as 10 cidades com mais roubos de carga em SP
Mesmo com queda de 44% nas ocorrências entre 2022 e 2025, o Estado de São Paulo ainda registra uma média de 11 roubos ou furtos de carga por dia; risco cresce com a proximidade das festas de fim de ano
Cotia, Itapecerica da Serra, Embu das Artes e Juquitiba estão entre os 10 municípios paulistas com maior número de roubos de carga, segundo levantamento do Boletim Tracker-Fecap. O estudo aponta que, entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados 2.726 boletins de ocorrência no Estado, o que representa uma média de 11 crimes por dia. Desse total, 87% correspondem a roubos, 11% a furtos e 2% a receptação.
Apesar da redução de 44% nas ocorrências desde 2022, São Paulo continua sendo o principal foco desse tipo de crime no país. O relatório revela que 45% dos casos se concentram na capital, seguida por municípios estratégicos como Guarulhos, Osasco, Cotia, Itapecerica da Serra, Embu das Artes e Juquitiba, cidades com intenso fluxo logístico e grandes operações de transporte.
O levantamento também indica que os meses de novembro e dezembro apresentam o maior número de ocorrências. Segundo o gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, Vitor Corrêa, o risco cresce no fim do ano devido ao aumento da circulação de mercadorias. “Com a Black Friday, o Natal e o pico das entregas, há mais caminhões nas estradas e a logística opera no limite. É o período em que os criminosos mais aproveitam”, afirma.
Entre as cargas mais visadas, os alimentos lideram o ranking, representando 31,58% dos roubos, seguidos por cargas mistas (9,35%), cigarros e fumo (7,74%) e bebidas (5,36%). Produtos de alto valor agregado, como eletroeletrônicos, autopeças e medicamentos, aparecem em menor proporção, mas ainda geram grandes prejuízos às empresas vítimas.
Os dados também mostram que cerca de 37% das ocorrências envolvem cargas avaliadas em até R$ 20 mil, o que indica preferência dos criminosos por mercadorias de giro rápido e fácil revenda no mercado informal. Ainda assim, há registros expressivos de roubos envolvendo produtos entre R$ 200 mil e R$ 800 mil.
Mesmo com a redução expressiva nos índices gerais, o cenário acende um alerta para transportadoras e autoridades de segurança, especialmente diante da aproximação do fim do ano, quando o volume de entregas tende a aumentar em todo o Estado.
