Evilásio rebate acusações sobre a saúde pública de Taboão da Serra
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Faltando pouco mais de três meses para deixar a Prefeitura de Taboão da Serra, após oito anos de mandato, o prefeito Evilásio Farias falou com exclusividade à reportagem do Portal O Taboanense. Entre as declarações do político estão o desempenho de sua gestão (2004-2012), respostas para as críticas da saúde pública da cidade e sobre a suspeita de corrupção no município.
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Perguntado sobre quais seriam os pontos negativo de sua gestão, Evilásio afirmou que não se arrepende de nada do que fez, enquanto esteve no governo, e que sai bastante satisfeito da Prefeitura. “Eu não me arrependo de nada que fiz, pois eu acho que tudo que eu fiz foi programado e calculado. A satisfação que eu tenho é que eu fiz dez vezes mais do que eu esperava que pudesse fazer. Por isso que não levo aquele sentimento do que não fiz, faltou ou deixei de fazer, pois foram muito mais vezes do que aquilo que me comprometi”.
Foto: Marcus Vinícius Dias
O prefeito Evilásio ao lado de sua esposa, durante inauguração da sede da TaboãoPrev
O prefeito disse também que deixa o governo com a sensação de dever cumprido, pois a maioria da população está feliz com o desenvolvimento da cidade. “No meu primeiro mandato, está lá escrito, no nosso material publicitário, 40 ações que nós nos comprometemos. Passamos de quatro mil. Então, sou um homem muito feliz, realizado e posso me despedir da vida pública com a sensação e sentimento de dever cumprido, que contribui para o desenvolvimento da nossa cidade e para melhor satisfação do nosso povo, que, hoje, mais de 70% da população gosta de viver na cidade”.
Farias falou ainda sobre a repercussão negativa da saúde púbica de Taboão da Serra em rede nacional, após o município ser destacado pelo programa Fantástico, da Rede Globo, durante uma série de reportagens sobre corrupção no país. “Nunca teve uma acusação de corrupção. Em primeiro lugar, a gestão é compartilhada com outras organizações, com empresas privadas, visando a melhoria da prestação de serviço público e mais efetividade nos serviços. No início do nosso governo, eu identifiquei que a saúde era um desastre, que ninguém queria trabalhar. Eu cheguei no plantão do Pronto Socorro e era para ter 14 médicos no plantão, más só tinham quatro: dois trabalhando, dois em repouso e dez ausentes, que participavam da folha de pagamento. Então, isso me causou indignação: o cidadão esperar por seis horas”.
O político disse também que a área da saúde de Taboão da Serra é referencia entre as regiões vizinhas, que também usufruem do atendimento da cidade. “Hoje, o Pronto Socorro de Taboão da Serra é o de menor espera. Lamento, ele não ser apenas para 250 mil habitantes. Ele atende dois milhões, pois grande parte do Campo Limpo e grande parte dos municípios vizinhos usam nosso Pronto Socorro, o que prova que temos o que os outros não têm, né? E outra, o serviço que nós pagamos é baseado na tabela SUS, só que é muito diferenciado, infelizmente ou não, dois outros serviços públicos feitos de forma direta”.
Evilásio comparou o PS Antena ao Hospital Geral do Pirajussara, o segundo implantado pelo seu antecessor, Fernando Fernandes. “A gestão do Hospital Pirajuçara é da mesma forma que a nossa, só que a nossa houve concorrência. O Pirajuçara foi convênio direto. Eu poderia ter feito convênio direto também. Eu fiz concorrência dando oportunidade para a organização que tivesse o melhor projeto, melhor trabalho, melhor preço e ganhasse. E ganhou. E está ai hoje, o nível de satisfação é muito grande do usuário do nosso Pronto Socorro”.
Após ser questionado sobre como lida com as críticas da oposição, que diz que a Prefeitura “destruiu a saúde da cidade”, Farias disse que nenhuma autoridade política apresentou um projeto melhor do que foi implantado por ele. “Em primeiro lugar, mais importante que criticar, é colaborar. A crítica também colabora, mas não é o caso aqui. Eu não recebi nenhum projeto melhor do que eu implantei. Nenhum. De nenhum líder político, de nenhuma autoridade daqui e nem de fora. Não encontrei. Eu tive a humildade de absorver e trocar, sem nenhum problema. Eu quero ser criticado pelo que eu fiz. É melhor do que ser criticado por quem não fez. Eu coloquei, hoje, 50 mil pessoas a mais no atendimento do que há oito anos. Então, eu saio muito feliz, porque eu invisto hoje 25% de R$500 milhões. É muito mais que 15% de R$160 milhões”.
Comparando com a forma em que a saúde pública de Taboão da Serra se encontrava quando assumiu a Prefeitura, em 2004, Evilásio fez questão de ressaltar as grandes obras que foram instaladas em sua gestão, projetos esses que foram consultados fora do Estado de São Paulo, como forma de suprir os atendimentos médicos da cidade, segundo ele. “Aqui tem CAPS 1(Centros de Atenção Psicossocial), CAPS Infantil e CAPS 2, que fui eu que fiz o projeto e fui buscar em Brasília. Aqui eu tenho uma clínica de STA e Hepatite (Sistemas de Tratamento de Água), que fomos nós que fizemos o projeto e estamos mantendo. Aqui tem um dos maiores centros de fisioterapia do Brasil, porque, infelizmente, nenhum hospital atendia nem 5% da demanda. Hoje, é um dos melhores serviços do Brasil”.
O prefeito também mencionou a construção do Hospital da Mulher e o serviço do SAMU no município. “Aqui tem um Centro de Saúde da Mulher que, quando eu assumi, não tinha um mamógrafo na cidade. Hoje é um dos mais importantes centros de atendimento à saúde do Taboão, principalmente para a mulher, prevenindo o Câncer de Mama. Temos o Pronto Socorro Infantil, que nem Osasco te dá esse luxo. Os cinco municípios vizinhos a nós, com 50 vezes maior à nossa área, têm apenas um SAMU para socializar com eles todos. Aqui, eu tenho SAMU há cinco anos”.
A primeira dama, Rosiane Farias, também quis se pronunciar sobre as críticas pesadas da oposição sobre a Prefeitura. Segundo ela, as maiores queixas, em relação à saúde pública da cidade, são identificadas no Hospital Geral do Pirajussara, que é administrado pelo partido opositor. “Justamente as maiores reclamações e queixas da saúde, é justamente a do Hospital Geral, que é comandando pelo partido da principal oposição aqui na cidade. Porque não há vagas suficientes. A princípio, foi feito para atender Taboão e Embu, mas atende outras cidades aqui até do interior distante de São Paulo. Esse é o maior problema e fica todo mundo represado no nosso Pronto Socorro, esperando uma vaga, que é a maior dificuldade para conseguir. Coisas que nem deveriam estar no nosso PS e ficam, porque não tem vagas no Hospital Geral do Pirajussara”.