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27 de fevereiro de 2012

Em entrevista, Macário fala sobre Câmara, polêmicas e futuro

Eduardo Toledo

Por Nely Rossany, da Gazeta SP

Quando assumiu a presidência da Câmara Municipal de Taboão da Serra, em 2010, o vereador José Macário (PT) não imaginava que enfrentaria grandes desafios e uma crise sem precedentes na história da cidade, quando quatro vereadores foram presos pela Polícia em plena sessão. Passada a turbulência, Macário fala com exclusividade à Gazeta SP sobre a administração da Câmara, polêmicas como a taxa da criação do Corpo de Bombeiros e o aluguel de carros oficias. Confira.

Gazeta SP – 2012 é ano de eleição e seu último como presidente da Câmara, o que você espera para esse ano?
José Macário-
Esse ano promete muito até porque é o último ano de mandato dessa legislatura e alguns vereadores que estão hoje na Casa querem continuar, outros provavelmente não sejam candidatos, e tem muitas lideranças na cidade que vão querer entrar. Cabe ao povo de Taboão da Serra avaliar o que os políticos fizeram e o que ainda tem por fazer na cidade e cada qual vai colher o que plantou. Falando sobre a presidência, eu dei o melhor de mim, me dediquei ao máximo e esse ano as pessoas vão cobrar mais.

GSP – Já tem ideia de quais projetos a Câmara deve aprovar em relação à obras esse ano?
JM – Tem muito projeto que deve ser aprovado em relação às obras esse ano. Por exemplo, na minha região, Margaridas, Comunitário e Elizabeth, estou reivindicando uma quadra esportiva e também uma creche. O prefeito se sensibilizou com a demanda muito grande que tem na região e comprou o galpão na rua Manoel Maria Fernandes, onde era uma antiga fábrica de isopor e ainda esse ano será construída a creche com espaço apropriado para esporte, lazer, cultura e recreação. Acredito que essa creche poderá atender cerca de 60% da demanda da região.

GSP- Algumas obras como o Ginásio do Pirajuçara e o Centro Olímpico anunciadas pelo prefeito Evilásio não ficaram prontas. É possível essas obras serem entregues antes das eleições?
JM- Sobre o Ginásio de Esportes do Pirajuçara, eu estive conversando com o prefeito e ele me disse que em um prazo de 60 dias inaugura essa obra, acredito que entre março a abril. Já o Centro Olímpico, obra que o Evilásio sempre defendeu e que ele deu início, acabou ficando parada por questões de emendas e etc. Mas acredito que até o final do ano, alguma parte do projeto esteja pronta. A obra não será finalizada por conta desses imprevistos com as verbas, é uma das obras mais caras da cidade e nessa obra a prefeitura tem que dar contra partida de 15% e acho que a dificuldade foi justamente essa.

GSP- E o Corpo de Bombeiros? Por que a Câmara não aprovou a taxa que iria custear a manutenção da corporação?
JM- Veja bem, infelizmente um vereador tem que se preocupar muito com a questão de taxa e impostos, haja vista o que aconteceu na nossa cidade com a regulamentação da planta genérica do IPTU. A maioria da população que não tem esse esclarecimento, acha que chegou um projeto lá na Câmara com os valores e os vereadores simplesmente aprovaram, o que não é verdade. Como que funciona? Os vereadores receberam o projeto da revisão da Planta Genérica e nós aprovamos para que o prefeito contratasse uma empresa para fazer o estudo e avaliação dos imóveis e a partir daí cobrar o imposto dentro da legalidade, mas infelizmente a maioria da população acha que o projeto chegou já com os valores, e que os vereadores posteriormente foram cobrados por isso. Então, preocupados com essa questão tomamos a cautela de conversar mais com o Corpo de Bombeiros, mas com os empresários da cidade, porque nós sabemos que a hora que for aprovado esse projeto será cobrada mais uma taxa. Sabemos que o Corpo de Bombeiros é bem-vindo em qualquer circunstância, mas quando falamos em taxa é preciso ter um zelo maior e discutir de que maneira isso será cobrado , mas ainda esse ano o projeto volta à pauta para discussão.

GSP – Esse ano a Câmara recebeu uma reforma que custou R$ 130 mil, o que foi feito?
JM- Geralmente se fazia só uma pintura no final do ano. Mas na minha administração já fizemos duas reformas. Reformamos os gabinetes porque de fato estava muito difícil trabalhar e receber os munícipes, então fizemos algumas mudanças para facilitar o trabalho dos vereadores, assessores e funcionários e atender melhor os munícipes. A falta de ventilação era um problema sério e pessoas chegavam a passar mal quando o tempo estava quente, principalmente na administração. Nós tiramos as divisórias de gesso e colocamos de vidro, mudamos a iluminação e os funcionários estão trabalhando bem lá. E agora no final do ano, fizemos outra reforma que foi um reparo na fachada do prédio que estava muito ruim, inclusive tinha muito pombo alojado no prédio por fora. Lavamos o prédio inteiro, pintamos e reformamos a garagem. A recepção também foi ampliada e a nossa ideia é trazer a telefonista para cadastrar as pessoas que entram e saem da Câmara. Também fizemos uma sala para atender o deficiente físico, até mesmo por uma exigência do Ministério Público, porque o prédio só tem escadas.

GSP – Os vereadores ficaram sem carros oficiais e agora há uma licitação aberta para a compra dos veículos, o que aconteceu?
JM- Como é de hábito e costume, vereador não tem como trabalhar sem carro, então quando eu assumi a presidência da Câmara eu vi que a frota estava muito deteriorada e a primeira coisa que eu fiz foi comunicar aos vereadores que eu estava devolvendo esses carros para a prefeitura, porque o patrimônio da Câmara é da prefeitura. Aí os vereadores me questionaram muito e ficaram trabalhando um ano com carros particulares e colocando o combustível do próprio bolso, uma coisa que nunca aconteceu em Taboão da Serra.

GSP- Mas antes a Câmara chegou a alugar os carros e os devolveu, foi isso?
JM- É verdade, nós abrimos uma licitação eu fiz as contas na época para comprar os carros, só que a Câmara não tinha dinheiro, porque a compra dos carros tinha que ser feita à vista e a Câmara não tem capacidade de endividamento, aí fizemos uma licitação para alugar, porque o aluguel é pago mensalmente. Se fizermos as contas do valor para alugar e do valor para comprar sai quase a mesma coisa. Só que na época, nós não tínhamos R$ 500 mil para comprar os carros, mas tínhamos o valor mensal, que seria aproximadamente R$ 30 mil. Por isso optamos por alugar, só que depois a empresa que ganhou a licitação não cumpriu com o prazo da entrega dos carros, atrasou por mais de 30 dias e resolvi cancelar o contrato. E esse ano, depois da reforma administrativa, conseguimos ter o dinheiro para comprar os carros e já abrimos a licitação para adquirir 14 veículos.

GSP- O senhor disse que quando assumiu a Câmara estava endividada. De quanto era a dívida e como foram sanadas?
JM- Sem a compra nem aluguel dos carros, consegui economizar e remanejar dinheiro para pagamentos de funcionários que estavam em atraso e fui sanando essas e outras dívidas. Fizemos uma reforma administrativa na casa, demos um aumento dentro das possibilidades para os funcionários de carreira, o que não acontecia há 10 anos. Além disso, no ano passado, fui cortando os contratos de serviços que deveriam ser renovados e não renovei. Através desses cortes, vamos adquirir os carros no valor de R$ 500 mil. Sobre a dívida da Câmara, que era de quase R$ 2 milhões, estou me esforçando para até o final do ano sanar tudo. Só ano passado pagamos R$ 1 milhão e esse ano temos mais R$ 900 mil. Mas estamos caminhando para liquidar tudo, mas se não conseguir vai sobrar pouca coisa.

GSP- A prisão dos vereadores abalou a imagem da Câmara. Eles voltarão para os seus mandatos?
JM- A Câmara ficou muito abalada com o episódio, mas não mesmo assim cumpriu com o seu papel e investigou a fraude através da Comissão Especial de Inquérito (CPI). Sobre a volta ou não, depende do judiciário. Eles entraram com o pedido no ano passado e eles estão esperando uma resposta. Pelo o que eu entendi, a liberdade veio através da suspensão da função pública deles, mas acredito que nessa gestão não será possível.

GSP- Quais serão os desafios do próximo prefeito da cidade?
JM- O próximo prefeito de Taboão terá muitos desafios. Será preciso investir mais na saúde e na educação, e também fazer mais pela juventude. Nós sabemos da dificuldade em construir equipamentos de esporte e escolas pela falta de terrenos na cidade, mas precisamos criar atividades para ocupar a nossa juventude, porque infelizmente os jovens, principalmente da nossa periferia, estão muitos dispersos, usando drogas… O ideal seria ter nas quadras da cidade, monitores também à noite para a prática do esporte. Outra coisa, seria a criação de uma Secretaria de Planejamento Familiar, para conscientizar aqueles jovens que tem o filho em idade precoce, e também os adultos. Acho que Taboão está caminhando para chegar ao patamar de São Bernardo, Santo André, municípios pequenos, mas que estão próximos do grande desenvolvimento e nossa cidade precisa se adequar a isso.

 

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