Durante podcast, promotora Letícia Ravacci fala sobre o cemitério vertical em Taboão da Serra e atentado forjado contra Aprígio

O podcast do Portal O Taboanense, EmOff Cast, entrevistou na última quarta-feira (20) a promotora de Justiça Letícia Rosa Ravacci, titular da 1ª Promotoria de Taboão da Serra, responsável por temas relacionados a Meio Ambiente, Bem-Estar Animal, Habitação e Urbanismo, Saúde Pública e Família. Ela também já atuou no GAECO.
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Há 10 anos em Taboão da Serra, Dra. Letícia é reconhecida na cidade pela sua intensa atuação em casos de grande repercussão, entre eles a recomendação do Ministério Público para a mudança do nome da Avenida Aprígio Bezerra da Silva, aprovada pela Prefeitura e pela Câmara Municipal.
Na entrevista, a promotora também falou sobre o atentado forjado contra o ex-prefeito Aprígio, sobre o projeto de construção de um cemitério vertical no centro da cidade, além de temas como causa animal, urbanismo, habitação e mobilidade urbana.
Sobre a mudança de nome da avenida Aprígio Bezerra da Silva, que a partir deste mês passou a se chamar Av. Taboão da Serra, a promotora explicou que a medida não teve motivação política, mas legal, diante de indícios de violação aos princípios constitucionais da administração pública.
“O Ministério Público não atua politicamente. Minha atuação é baseada no que diz a legislação. Quando você municipaliza uma avenida e precisa realizar diversas obras públicas, não pode vincular essa obra ao gestor. Ao colocar o nome do pai dele, que se confunde com o dele, cria-se uma associação direta com a marca do governo, o que é vedado pela Constituição e pode caracterizar improbidade administrativa”, afirmou.
Já sobre o projeto de erguer o cemitério vertical no Jd. Maria Rosa, Dra. Letícia disse que o Ministério Público de São Paulo acompanha o caso por meio de um inquérito civil. “O estudo de impacto de vizinhança era muito raso, sem detalhamento adequado. Solicitei complementações e até a atuação do nosso órgão técnico, o CAEX, para avaliar as condições”.
No principal assunto do podcast, o atentado forjado contra o ex-prefeito Aprígio, Dra. Letícia, que participou das investigações, contou que os executores foram rapidamente identificados pela polícia por meio de provas técnicas, como digitais encontradas em um veículo incendiado. “O executor é mais fácil de pegar, ele deixa vestígios. Mas a colaboração premiada foi fundamental para avançar sobre quem planejou o crime”, explicou
Apesar de os executores estarem identificados — e parte deles ainda foragida — a maior expectativa da população está na responsabilização dos mandantes. “É preciso entender que colaboração premiada não é prova final, mas um meio de obtenção de prova. Por isso, vários elementos trazidos pelos delatores precisam ser confirmados com outras evidências, e isso está acontecendo”, explicou.
O EmOff Cast conta com o patrocínio da BeFly Turismo do Shopping Taboão, da Padaria Rainha do Taboão e apoio da Formula Group, agência de publicidade que produz e transmite o podcast.
O episódio será transmitido ao vivo pelo canal oficial de O Taboanense no YouTube