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1 de abril de 2020

Violência doméstica e isolamento social

Por Najara Costa

A campanha pelo isolamento social estabelecida em decorrência da pandemia em escala mundial causada pelo Covid 19, trouxe, a reboque, uma latente fragilidade qual grande parcela das mulheres estão submetidas: a violência doméstica. É isso mesmo! Experienciar mais tempo ao lado do parceiro pode significar para muitas um sério risco de vida.

As já gritantes estatísticas que traduzem a misoginia estabelecidas no mapa da violência refletem o quanto o espaço familiar pode não ser um ambiente seguro, nesse sentido, muitos outros casos de agressões e até mesmo feminicídios passam a ser notificados e alertados no atual contexto pela ONU e/ou outras tantas organizações políticas e sociais, vide o necessário confinamento recomendado pela organização mundial da saúde (OMS).

Jair Bolsonaro, em uma das suas muitas atitudes irresponsáveis, chegou a declarar que os casos de violência doméstica no Brasil aumentaram pela falta de comida na casa das pessoas, em razão de muitos estarem em quarentena e impossibilitados de trabalhar. Neste ponto, além de se eximir de responsabilidades que o competem, tais como o direcionamento de ações políticas em prol de medidas emergenciais em um contexto de crise, a fala do presidente orienta dois grandes equívocos, sendo o de que a fome geraria a violência contra a mulher, acrescido de que o isolamento social deveria acabar, já que “o Brasil não pode parar”.

Não nos caberá aqui grandes justificativas acerca da necessária quarentena, medida cientificamente recomendada neste momento para a preservação de vidas e capaz, inclusive, de evitar um caos no sistema único de saúde (SUS). De outro modo, a relativização da agressão sobre as mulheres é não só lamentável como desprezível, especialmente quando proferida pela principal autoridade do poder executivo.

Promover novas estratégias de sociabilidade a partir de redes de apoio e conscientização será um grande passo rumo a efetiva emancipação feminina, outrossim, o amparo do Estado a partir do reconhecimento das vulnerabilidades que permeiam irrestritas violências é fundamental. Nesse sentido, é urgente a compreensão e alternância de um cenário que impõe a naturalização das violações dos direitos das mulheres, onde prerrogativas básicas rumo a equidade não são asseguradas.


Najara Costa
É socióloga, mestra em Ciências Humanas e Sociais, professora da Faculdade Zumbi dos Palmares e pré candidata pelo Psol à prefeitura de Taboão da Serra.


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