Ciro Gomes visita Taboão da Serra e fala em criar Sistema Único de Segurança

Em segundo lugar na intenção de votos, segundo a última pesquisa Datafolha, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) esteve na manhã desta terça-feira, dia 11, em Taboão da Serra, na região do Pirajuçara. O candidato cumprimentou apoiadores e eleitores após conversar com a imprensa.

Durante a entrevista, Ciro falou em criar um Sistema Único de Segurança, para o candidato, o “problema de segurança virou prioridade”, para isso pedirá a revogação da emenda 95 (que estabeleceu o teto para os gastos públicos).

“Eu pretendo implantar na prática o Sistema Único de Segurança Pública, e a Secretaria Nacional de Segurança será empoderada com muito dinheiro, o quanto eu consiga liberar revogando a emenda 95. Para colocar esse dinheiro sob condição de ser entregue e aos estados e municípios que aderirem ao formado do Sistema Único de Segurança Pública. E as condições para que esse dinheiro seja liberado, é a padronização de alguns procedimentos […] Introduzir delegacias 24 horas com o apoio desse fundo que a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) vai sinalizar”, comentou.

Ciro também falou sobre a violência contra a mulher, uma “questão que vem crescendo” no país. “Vamos fazer o treinamento e capacitação para o atendimento às mulheres, porque há uma tendência nova, grave acontecendo na violência brasileira que é o incremento da violência contra a mulher. E quase sempre, ela sofre também porque não é bem recebida na delegacia”, disse.

Ele disse que pretende equipar a polícia dos estados e municípios com tecnologia e trabalho de inteligência. “Polícia que funciona não é a de aparato que mata pobre, que para matar um bandido acaba constrangendo e aterrorizando jovens por aí. A polícia boa é aquela equipada cientificamente, com tecnologia para se infiltrar, mapear, investigar, e aí sim, cortar a cabeça do crime organizado das facções criminosas”, declarou.

Ao ser perguntado sobre atual posição da esquerda no Brasil, Ciro Gomes foi taxativo ao responder que a esquerda já está dividida. “Já estamos divido, no momento em que eu não aceito, em nenhuma hipótese a imposição que o PT vem tentando fazer de um tempo pra cá. Se vocês repararem todas as declarações minhas são de que isso era uma farsa, basicamente uma tentativa de fraude para a qual eu fui convidado. Quero relembrar aqui, eu fui convidado para exercer esse papelão aí. Ser candidato a vice de araque para amanhã ser escolhido na frustração do povo pela não candidatura do Lula. Não é assim que se constrói uma liderança em um país em sofrimento, em caos, em dificuldade tão graves, com a relação internacional tão grave, tão complexa. Não é assim que se constrói uma liderança para o futuro da não”, disparou.

O presidenciável falou que pretende criar políticas para cuidar dos municípios. “Eu fui prefeito e sei que a vida do Brasil hoje é nas cidades, 82% do povo brasileiro hoje vive na cidade […] é preciso revolver a equação urbana do Brasil, não só na qualificação da moradia, mas o saneamento básico, tenho anunciado como uma das emergências do país”.

Ciro falou em criar política de empregos. “Antes de arrumar a casa, antes de desratizar o Palácio do Planalto, nós precisamos agir para imediatamente gerar empregos”.