40% das mortes na BR-116 em 2025 poderiam ser evitadas com o uso de cinto de segurança
Levantamento da Arteris revela que, apesar da queda, o número de vítimas sem o equipamento continua alto

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A BR-116, um dos maiores corredores logísticos do país e principal elo entre São Paulo e Curitiba, foi palco de uma triste constatação no primeiro semestre de 2025. Das 37 mortes registradas em acidentes, 15 vítimas, cerca de 40% do total, estavam sem o cinto de segurança. O dado, divulgado pela concessionária Arteris Régis Bittencourt, acende um alerta sobre a persistência de um comportamento de risco que, apesar de ilegal, ainda custa vidas nas rodovias brasileiras.
Embora o número de mortes de pessoas sem cinto tenha caído em relação ao mesmo período de 2024 (quando 21 vítimas foram registradas), a concessionária considera o índice atual “preocupante”. A tragédia por trás de cada estatística é clara: uma atitude simples e rápida, como afivelar o cinto, poderia ter mudado o destino de dezenas de famílias.
“O cinto de segurança é o recurso mais simples e eficiente para salvar vidas no trânsito”, reforça Marcelo Possamai, gerente de Operações da Arteris. Ele destaca que a proteção é indispensável até mesmo em percursos curtos, um detalhe muitas vezes ignorado por motoristas e passageiros.
Apesar de ser obrigatório no Brasil desde 1997, o uso do cinto ainda enfrenta resistência. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, somente no primeiro semestre de 2025, quase 100 mil multas pela falta do dispositivo em rodovias federais. A negligência custa caro em termos humanos. Dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostram que o cinto reduz o risco de morte em pelo menos **60% para quem está na frente e em 44% para passageiros no banco traseiro.
A Arteris, alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, reforça que a segurança viária é uma responsabilidade compartilhada. A empresa investe em engenharia para melhorar a infraestrutura, em operações de monitoramento e em campanhas educativas que, só neste ano, orientaram mais de 8.700 pessoas na rodovia. No entanto, a tecnologia e os esforços da concessionária não substituem a conscientização de cada um. A mensagem é direta: o trânsito seguro começa com a decisão individual de respeitar as leis e proteger a si mesmo e aos outros.